Chorrilho de Trovas

 
 

 
Chorrilho de Trovas I
 
António Zumaia
 
Jogaste as cartas na mesa,
dando-me desilusão…
Fiquei assim na certeza,
que tu não tens coração.
 
Tenho amor no coração
e à mulher já o dei.
Ela não é ilusão,
apenas sempre a amei.
 
És triste menina feia,
mas muito bela em ternura.
Esse coração me enleia
e teus lábios dão ventura.
 
Foi pecado te querer,
ou simplesmente te amar.
O castigo que vou ter,
é de contigo casar…
 
Não sejas má por favor;
Pois tu és o meu destino.
Quero viver no amor,
muito feliz e ladino.
 
Menina já és mulher,
como fruto do amor.
Não te dês a um qualquer,
pois tu não és uma flor.
 
Vieste a mim toda nua,
num destino de amor.
Eras como a deusa lua,
no orvalho de uma flor.
 
A musa e o poeta,
são dois seres numa vida.
Sua beleza projecta
e será sempre querida.
 
Sines – Portugal
02/11/2007

 

 

Uma resposta para “Chorrilho de Trovas

  1. Caro amigo poeta:
    É um prazer tê-lo em meus contatos. Deixo prá você um pensamento de Rilke lhe desejando uma vida plena e cercado de pessoas dignas e fiéis a ti ….
    "O tempo não é uma medida. Um ano não conta, dez anos não representam nada. Ser artista não significa contar, é crescer como a árvore que não apressa a sua seiva e resiste, serena, aos grandes ventos da primavera, sem temer que o verão possa não vir. O verão há de vir. Mas só vem para aqueles que sabem esperar, tão sossegados como se tivessem na frente a eternidade."

Deixe um comentário