O fim da andorinha.
António Zumaia Voas alegre andorinha,
desprezando o mísero chão; Nem sempre serás rainha, do seu pobre coração. Esse chão que tu desprezas;
Que te acolhe e te ama… Nesse céu em que tu rezas, nunca será tua cama. Vais perder o teu voar,
a terra vai acolher-te. É assim que a cantar, o Trovador vai perder-te. Mau fado é esta vida;
Criada para voar… Na sua mão és querida, mas nunca podes ficar. A poesia é destino,
desse pobre trovador. Olha os céus… É divino! Esse teu voo de amor. Ao perderes teu voar,
o triste destino teu; Nas suas mãos acabar, nas trovas que ele teceu. Sines – Portugal
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